Ucrania
Comandante da organização visitou a Ucrânia nesta quarta (26). Equipamentos instalados na península podem alcançar todo o Mar Negro.
O comandante-em-chefe da Otan, o general americano Philip Breedlove, afirmou nesta quarta-feira (26) estar muito preocupado com a militarização por parte de Moscou da península ucraniana da Crimeia, anexada em março pela Rússia.
"Os equipamentos militares russos instalados na Crimeia como os mísseis de cruzeiro e os mísseis antiaéreos são capazes de ter a seu alcance todo o Mar Negro", afirmou Breedlove falando à imprensa.
Breedlove se reuniu nesta quarta-feira em Kiev com primeiro-ministro ucraniano Arseniy Yatsenyuk, que reiterou o desejo da Ucrânia de aderir à Aliança Atlântica.
Após a anexação russa da Crimeia e desde o início do conflito no leste da Ucrânia, uma parte muito importante da opinião pública ucraniana é a favor da adesão do país à Otan.
A coalizão pró-ocidental que foi formada no Parlamento após as eleições em outubro prometeu alterar a legislação que define a Ucrânia como um país não-alinhado.
A perspectiva de adesão da Ucrânia à Otan é contestada pela Rússia, que quer manter o país em sua esfera de influência.
O fervor pró-Otan da Ucrânia é recebido com ceticismo no Ocidente, mesmo entre os países mais favoráveis a Kiev.
Na semana passada, o ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, descartou a adesão da Ucrânia à Otan.
Durante a visita do comandante da Otan, a Rússia anunciou o envio de 14 caças para a Crimeia, território ucraniano anexo em março deste ano.
Dez caças Su-27 e quatro Su-30 M2 foram enviados para a região de Krasnodar, no sul da Crimeia, anunciou a agência de notícias russa TASS.
Os aviões devem pousar no aeroporto de Belbek, em Sebastopol, porto da Frota russa do Mar Negro.
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