Tétano
ACIDENTAL NO BRASIL
Elizabeth Grobério Borba¹, Lúcio José Vieira2
INTRODUÇÃO
O tétano é ocasionado pela ação de exotoxinas produzidas pelo
Clostridium tetani, um bacilo gram-positivo, anaeróbio e esporulado. Trata-se de uma doença infecciosa, não contagiosa, transmitida pelo contato do bacilo com uma solução de continuidade na pele ou mucosa (SAÚDE NAS AMÉRICAS,
A maioria dos casos ocorreu em pessoas entre 20 e 64 anos: 3086 casos, representando 70,8% de todos os casos notificados nessa década.
46,1% dos casos notificados em mulheres ocorreram na faixa etária maior que 60 anos.
2007).
O tétano acidental constitui um agravo de distribuição mundial, tendo maior incidência em países subdesenvolvidos, caracterizados por baixa cobertura vacinal (FERNADÉZ et al,
2006). Os casos ocorrem em área urbana ou rural e podem estar relacionados com atividades profissionais ou de lazer, quando o indivíduo não imunizado entra em contato com o agente etiológico (VIEIRA e SANTOS, 2009).
OBJETIVO
O objetivo desse trabalho é conhecer o perfil epidemiológico dos casos confirmados de tétano acidental no Brasil, no período de 2001 a 2010, identificando e avaliando variáveis associadas à ocorrência da doença no país.
METODOLOGIA
(Fonte: SINAN, 2011)
A faixa etária acima de 60 anos apresentou alto coeficiente de letalidade em todos os anos da série histórica.
Coeficiente de Letalidade (%) nas faixas etárias menor que 60 anos, maior que 60 anos e taxa anual
70,0
Coeficiente de
Letalidade (%)
No Brasil observou-se um declínio importante no número de casos da doença desde o final do século passado (SINAN,
2011).
60,0
50,0
Maior que 60 anos
40,0
30,0
Anual
Menor que 60 anos
20,0
10,0
0,0
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
Anos
Trata-se de uma pesquisa epidemiológica de natureza descritiva, onde foram analisados todos os casos