Técnica filosofia
ARTIGOS TEMÁTICOS
Técnica, Filosofia, Psicanálise: notas distantes
Technique, Philosophy, Psychoanalysis: distant notes
Chaim Samuel Katz∗
Resumo:
Este tr abalho foi elabor ado a partir de um texto do filósofo Jean-Luc Nancy, sobr e seu transplante de cor ação. Filósofo de emergência católica, fiel ao ensinamento de Heidegger, ao se ver defrontado com uma doença, é exigido por uma deriva, que o obriga a se repensar. Assim, diferentemente da linha unitária da Filosofia, ele cuida da entrada do intr uso na vida e no corpo, pois o estr angeiro obriga mudanças no habitual.
O psicanalista pensa num regime onde o outro está sempr e pr esente. O eu que se pensa adequando à categoria do terceir o da teoria, deve incluir sempre a estranheza.
A questão, que ficar á como pano de fundo deste escrito, é se a chamada técnica não é um permanente estr angeiro dos ditos corpos fisiológicos. Ou se, efetivamente, inexiste o que compreendemos como humano, sujeito,
Dasein etc. sem tecnologia, uma espécie de corpo à la Platão, mesmo com linguagens renovadas.
Palavras-chave: corpo, estrangeir o, filosofia, tecnologia, psicanálise.
Abstract:
This wor k was developed from a text by philosopher Jean-Luc Nancy about his heart tr ansplant. A philosopher of Catholic origin, loyal to Heidegger’s teachings, in finding himself with an illness, was, due to the circumstances, forced to re-think himself. Thus, in contrast to the unitary line of
Philosophy, he deals with the entr y of the intruder in life and in the body, as the foreign obligates changes in the habitual.
The psychoanalyst, thinks of a regime where the other is always pr esent. The self which is thought of according to the category of the third of the theory, should always include uncanniness.
The question, which will remain as a backdrop to this work, is whether the so-called technique is not itself a per manent str anger of said physiological bodies. Or whether, eff ectively, what we understand