Tutancamon
Ramsés 2.° foi, segundo os historiadores, o mais importante faraó do Egito. Mas quem se tornou o mais popular, polêmico e intrigante dentre os reis egípcios foi Tutancâmon. Não só por ele ter sido um dos mais jovens rei do Egito - ele teria reinado dos dez aos dezenove anos de idade - mas principalmente por ter levado uma vida curta cheia de intrigas políticas e religiosas e por inúmeros mistérios cercarem sua morte, o que inclui a lenda sobre uma terrível maldição aos violadores de seu túmulo. Uma das inúmeras teoria arqueológicas e históricas existentes sobre Tutancâmon defende a ideia de que os antigos egípcios tentaram apagar qualquer vestígio do seu reinado - inclusive o enterrando em um discreto túmulo. Esse fato, no entanto, em vez de levar Tutancâmon ao esquecimento só aumentou o interesse por ele e o tornou junto com Cleópatra muito mais famoso no mundo contemporâneo do que qualquer outro grande rei egípcio. As razões que levaram Tutancâmon a herdar uma complicada situação política e religiosa num dos maiores e mais poderosos impérios da Antiguidade começaram a surgir décadas antes de seu nascimento. A tentativa de transformar a politeísta religião egípcia numa espécie de monoteísmo tendo como divindade central um deus chamado Aton foi a principal delas e iniciou um período de confusões políticas e religiosas no Egito. Auxiliado por um vizir e um general, o jovem © iStockphoto.com /MCCAIG Tutancâmon acabou pondo a casa em ordem, inclusive Réplica do sarcófago de Tutancâmon retomando o antigo politeísmo em torno do deus solar Amon. Isso, no entanto, não impediu que ele ao morrer, sem deixar herdeiros, fosse enterrado às pressas em um sepulcro destinado a pessoas sem relevância pública, ao que tudo indica numa tentativa de se apagar da memória egípcia qualquer referência à dinastia da qual Tutancâmon fazia parte. Mas uma das mais importantes descobertas arqueológicas da História, empreendida pelo explorador britânico Howard