Tutancâmon - O Reinado
Tutancâmon e Anchesenamon
Tutancâmon ascendeu ao trono aos nove anos de idade, sucedendo no cargo a Semencaré, rei sobre o qual se sabe muito pouco (segundo o egiptólogo Nicholas Reeves, Semencaré seria Nefertiti com outro nome), mas, Semencaré era o título dado a corregentes dos faraós, esse citado era na realidade um nobre, chamado Panhesy, da alta estirpe de Amarna que se casou com MeritAton, filha mais velha de Aquenáton, que o sucedeu após sua morte - ambos teriam sido assassinados em Amarna juntamente com quase todos seus moradores, pois "Ay" vizir na época, queria o trono para si e sem herdeiros seria mais fácil. Por milagre, Tutancâmon e sua irmã Anchesenamon, conseguiram sobreviver à matança e foram levados a Tebas para serem casados e coroados, ele com 9 anos e ela com 11 anos de idade.
Devido à jovem idade do rei, os verdadeiros governantes durante este período foram Aye e Horemheb, dois altos funcionários do tempo de Aquenáton, que mais tarde seriam eles próprios faraós. Ay era, provavelmente amante de Tié (talvez já viúva a esse tempo) e pai de Nefertiti. Durante o tempo de Aquenáton era o intendente dos cargos reais, tornando-se vizir, uma posição de grande prestígio que manteve durante o reinado de Tutancâmon.
No quarto ano do seu reinado o jovem rei mudou o seu nome de Tutancaton para Tutancâmon ("imagem viva de Amon"). A sua esposa fez o mesmo, passando de Anchesenpaaton para Anchesenamon ("ela vive para Amon"). Esta mudança dos nomes está relacionada com a rejeição das doutrinas religiosas de Aquenáton e com a restauração dos deuses antigos. Durante a fase final do reinado de Tutancâmon a repressão sobre o culto aos outros deuses tinha se acentuado, tendo o rei mandado destruir todos os nomes de outros deuses que se achassem em inscrições, com excepção de Aton.
A situação do Egito parecia ser catastrófica nesta época, a acreditar no texto gravado numa estela, a chamada "Estela da Restauração", que foi encontrada no terceiro