Turismo e meio ambiente
(Diagnóstico Ambiental e o Processo de Desconstrução da Essência do Bairro)
“Houve um tempo que para chegar a Itapuã era um suplício. Isso lá pelos idos dos anos 50 e eu ia no colo da minha mãe, portanto não tenho queixas do percurso. Mas era assim, já que morávamos na Cidade Baixa: pegava um lotação na Boa Viagem, saltava na Praça Cayru, atravessava a rua, subia o Elevador Lacerda. No ponto final da Praça da Sé demorava, mas chegava um ônibus (não lembro se era o Trolebus – ônibus elétrico – ou se era comum) e ia pinga-pinga pingando até o Rio Vermelho. Descia, vinha um outro até a Pituba e daí era um deus-nos-acuda até conseguir transporte para Itapuã. O que iríamos fazer lá? Veranear é claro. Itapuã era terra de veraneio e pescadores. Tão longe que os moradores achavam péssimo ter de vir para a cidade ou para Salvador, pois era assim que tratavam a capital: como algo distante e a quem eles não pertenciam psicologicamente, embora em parte geograficamente”...(Jolivaldo Freitas)
Localização
O bairro de Itapuã está localizado na orla atlântica de Salvador-Ba, cerca de 21 km do centro da cidade, tomando como referência o Farol da Barra, ao norte do litoral soteropolitano.
História
Um dos bairros mais tradicionais da cidade de Salvador, Itapuã começou com os índios e da habitação tupi surge seu batismo: ita e apuá, que significa pedra de ponta. Datado do século XVI, Gabriel Soares de Souza o registrou em 1587: "Essa ponta é a que na carta de marear chama-se os Lençóis de Areia, por onde se conhece a entrada da Bahia".
O bairro, a princípio povoado pelos indígenas, foi descoberto posteriormente pelos pescadores, que fizeram do espaço seu reduto de trabalho, moradia e lazer. Nada mais natural, afinal Itapuã é geograficamente uma ponta, e isso significa que é cercado de água por quase todos os lados, com enseadas, o que favorecia a pesca de diversos tipos de peixes, mariscos e crustáceos. Outros relatos falam que Itapuã era parte de uma enorme