Turismo e globalização
Introdução
Compreendendo o hibridismo cultural, apresentado por Santos e Barretto (2006), no
qual a cultura não é mais vista como um sistema fechado, pode-se entender a cultura como
dinâmica a partir das influências tanto internas quantos externas que pode sofrer. Da mesma
forma a identidade de um indivíduo ou de um determinado grupo social também é percebida
como dinâmica estando em constante construção, sendo assim, flexível.
Partindo desse pressuposto de que a cultura e a identidade sofrem influências internas
e externas, será analisada a relação que o turismo e a globalização têm com a identidade
Para essa análise realiza-se uma retomada teórica acerca do conceito de identidade e
sua ligação com o turismo e a globalização demonstrando que forma esses se tornam
elementos de influência do processo de construção das identidades.
Por meio do contato com o outro e o grande acesso as novas tecnologias que tornam qualquer parte do mundo acessível a todos, dão origem as trocas culturais, através destas as identidades tendem a flexibilizarem-se.
Turismo, globalização e identidade
A Revolução Industrial, no século XVIII, foi um importante marco na consolidação do que se conhece hoje como turismo, pois até então os deslocamentos que ocorriam eram caracterizados como viagens.
A grande facilidade para o deslocamento, antes somente acessível a poucos
afortunados, passa a estar ao alcance de grande parte da população. Muitos destinos e
comunidades, antes isolados e sem muita interferência externa, passaram a conviver com
influências de outras culturas. Todas essas mudanças ocorridas também podem ser caracterizadas como globalização, Friedman (2001, p.132) afirma que “a
globalização não é uma escolha. É a realidade. Hoje existe apenas um mercado global, e a
única maneira de crescer à velocidade desejada pelo seu povo é por meio do aproveitamento