Tupinambás, Tupiniquins e Aimorés

Tupinambás, Tupiniquins e Aimorés - Os Tupinambás, os Tupiniquins e os Aimorés habitavam a parte litorânea do atual Brasil, na área dos atuais estados de Espírito Santo, Bahia e São Paulo. Os Tupinambás eram em número de mais de 100 mil indígenas, e deram origem às demais tribos Tupi. Viviam da caça, coleta, pesca e da agricultura. A divisão de trabalho era por sexo, com os homens as primeiras atividades e com as mulheres o trabalho agrícola. Havia também guerras canibalescas, por vingança, e rituais canibalescos, que significava para todos, a lembrança de seus bravos. Os Tupiniquins eram em número de 85 mil indígenas e, no século XVI, ocupavam quase todo o litoral do Brasil. Foram catequizados por jesuítas em Aldeia Nova, sofrendo com pragas exógenas (como a varíola) e endógenas (como as formigas, que lhes destruíram as plantações). As pragas e a criação do Aldeamento dos Reis Magos, em 1580, explicam a decadência da Aldeia Nova, os jesuítas e os grupos indígenas passaram então a se concentrar em Reis Magos, que logo se tornou um aldeamento populoso. Os Tupiniquins se juntaram aos portugueses na guerra contra os Tupinambá-Tamoio, aliados aos franceses. No início do século XVII, estavam quase extintos por causa de doenças ou escravizados pelos portugueses. Os Aimorés(ou Botocudos, por causa dos discos – os botoques – que eles usavam no queixo e nas orelhas) eram altos e robustos, eram em número de 30.000. Eram nômades, moravam em cabanas temporárias e viviam da caça e de frutos, e era a única tribo litorânea que não falava a língua Tupi. Foram expulsos do litoral pelos Tupis pouco antes da chegada dos portugueses. Tiveram que ir para o sertão, mas tentaram retomar seu território. Atacaram os colonos portugueses e seus escravos índios, e foram responsáveis pelo fracasso das capitanias de Espírito Santo, Porto Seguro e Ilhéus. Os Aimorés foram vencidos no início do século XX. Atualmente, existem só 250 índios Aimorés (da etnia Krenak), no Posto Indígena Krenak,