A Chegada ao Brasil
Até hoje, não se sabe se o Brasil foi uma descoberta ao acaso, mas na época foi um acontecimento cercado de cerimônias. Após a volta de Vasco da Gama, uma frota de 13 caravelas foi enviada rumo –até onde se sabe- às Índias sob o comando de Pedro Álvares Cabral. Conta-se que a frota teria desviado da rota e se deparado com o que viria a se tornar Brasil em 21 de abril de 1500 e, no dia seguinte , a frota se fixou no litoral da Bahia, Porto Seguro.
Segundo outros historiadores, desde o século XIX há a teoria que o Brasil tenha sido descoberto bem antes, mas na tentativa de evitar que outros países o dominassem, Portugal somente o declarou como colônia quando de o tinha de fato sob certa vigilância, que logo foi ampliada em torno do litoral, afinal de contas, Cabral era um navegador experiente e seria um tanto impossível cometer um erro tão grave na rota marítima sem perceber.
O Brasil Colonial (1500-1522) – Os índios
Ao chegar no continente, os europeus encontraram uma população de cultura e língua bastante homogênea, distribuída ao longo da costa e dos rios Paraná-Paraguai.
Bóris Fausto sugere a divisão dessa população em dois grandes blocos: os tupis-guaranis e os tapuias.
Os tupis-guaranis se estendiam pela costa desde o que viria a ser Ceará, até o Sul; os tupis (ou tupinambás) desde o litoral norte até o que viria a ser São Paulo e os guaranis localizavam-se na bacia Paraná-Paraguai e no litoral da Cananéia (São Paulo) até o extremo sul do Brasil.
Dada a semelhança da cultura, da língua e da localização, foi criado o termo conjunto “tupi-guarani”.
Os tapuias, -palavra usada pelos tupis guaranis para os índios que falavam outra língua- eram outros grupos de índios, menores, que interrompiam a presença dos tupis-guaranis, como os goitacazes na foz do Rio Paraíba, os aimorés do sul da Bahia e norte do Espírito Santo e os tremembés situads entre o Ceará e o Maranhão.
Além desses grupos distintos os portugueses identificaram uma série de