Tupinamb s
Apesar de terem raízes comuns, as diversas tribos que compunham a nação tupinambá lutavam constantemente entre si, movidas por um intenso desejo de vingança que resultava sempre em guerras sangrentas em que os prisioneiros eram capturados para serem devorados em rituais antropofágicos. Autores como o alemão Hans Staden ("História verdadeira e descrição de uma terra de selvagens...") e os franceses Jean de Léry("História de uma viagem feita à terra do Brasil") e André Thevet ("As singularidades da França Antártica..."), todos do século XVI, além das cartas jesuíticas da época, nos dão notícias muito precisas acerca de quem eram e de como viviam os índios tupinambás.
As tentativas de escravização dos índios para servirem nos engenhos de cana-de-açúcar no núcleo vicentino levaram à união das tribos numa confederação sob o comando de Cunhambebe chamada de "Confederação dos Tamoios", englobando todas as aldeias tupis desde o Vale do Paraíba Paulista até o Cabo de São Tomé, com invejável poderio de guerra. É nesse ínterim que Nóbrega e Anchieta teriam sido levados por José Adorno de barco até Iperoig (atual Ubatuba), para tentar fazer as pazes com os índios. Segundo a tradição, Nóbrega voltou até São Vicente com Cunhambebe e o padre José de Anchieta ficou cativo dos tupis em Ubatuba. Nesse período, ele teria escrito o "Poema da Virgem". Fatos lendários e fantásticos teriam