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9 de Abril de 2006
ISSN 1749-8457
Ajuda
Filosofia da ciência
Albert Einstein como filósofo da ciência
Don A. Howard
Universidade de Notre Dame
Hoje em dia, o compromisso explícito com a filosofia da ciência quase não tem lugar na preparação dos físicos ou na investigação física. O pouco que os estudantes aprendem sobre temas filosóficos é normalmente aprendido ao acaso, por uma espécie de osmose intelectual. Apanham-se ideias ou opiniões na sala de aulas, no laboratório, e em colaboração com o supervisor. A reflexão cuidada sobre ideias filosóficas é rara. Ainda mais rara é a instrução sistemática. Pior ainda, admitir publicamente um interesse pela filosofia da ciência é frequentemente tratado como um disparate social. Falando com justiça, não são poucos os físicos que pensam filosoficamente.
Contudo, as abordagens explicitamente filosóficas da física são a excepção. As coisas não foram sempre assim.
"Independência de juízo"
Em Dezembro de 1944, Robert A. Thornton tinha um emprego novo: ensinar física na
Universidade de Porto Rico. Tinha acabado de se formar pela Universidade do Minnesota, na qual tinha escrito a sua tese de doutoramento em "Medição, Formação de Conceitos e
Princípios da Simplicidade: Um Estudo em Lógica e Metodologia da Física", sob a orientação de Herbert Feigl, um conhecido filósofo da ciência. Querendo incorporar a filosofia da ciência no seu ensino de introdução à física, Thornton escreveu a Albert Einstein pedindo auxílio para convencer os seus colegas a aceitar essa inovação. Einstein respondeu:
Concordo plenamente consigo quanto à importância e ao valor educativo da metodologia e bem assim da história e da filosofia da ciência. Hoje, muitas pessoas — e mesmo cientistas profissionais — parecem-me alguém que viu milhares de árvores mas nunca uma floresta. Um conhecimento das bases históricas e