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Padrões de acumulação e periodização histórica da economia brasileira
Concluída a leitura do livro de João Manuel, nós nos voltamos agora para o que seria de fato o início da disciplina Brasileira I. Foi importante a leitura dos dois livros – Sérgio Silva e João Manuel – porque eles nos dão a base para a caracterização das fases de industrialização (a periodização). Porém, antes de prosseguirmos com o livro de Sônia Regina de Mendonça (Estado e Economia no Brasil: Opções de Desenvolvimento) é preciso uma mediação entre níveis teóricos, já que, daqui pra frente, tomaremos a periodização como uma referência.
Retomemos, por um momento, a periodização de João Manuel que acabamos de discutir. Lembrem-se que ali estão estabelecidas as seguintes fases: economia colonial, economia mercantil escravista cafeeira nacional, economia exportadora capitalista e economia retardatária. Nesta última fase, há etapas de constituição que podem ser descritas como: formação da grande indústria, industrialização restringida, e industrialização acelerada.
Num nível mais concreto de análise, as etapas de formação da economia retardatária (o nosso capitalismo tardio) são caracterizadas pelo que se define como padrão de acumulação. Este é um conceito que serve para mostrar como se dava a dinâmica de acumulação em cada momento. A definição não é muito clara. No meu texto de leitura adicional, que eu sugeri como uma atividade equivalente à aula de 27/5, eu faço uma resenha de algumas concepções de desenvolvimento, mostrando que quem melhor define padrão de acumulação é Maria da Conceição Tavares. O texto dela tem a ver com o debate sobre distribuição de renda que ocorre nos anos 1970, e não seria muito apropriado para a nossa disciplina.
Segundo Tavares (1975) padrão de acumulação é definido por uma articulação específica entre a diferenciação da estrutura produtiva e a distribuição social da renda. Segundo ela, em qualquer economia industrializada (ou em