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A maior divisão do trabalho capacita um operário a fazer o trabalho de cinco, aumentando a concorrência entre os operários, que não só fazem concorrência uns com os outros quando se vendem mais barato, fazem concorrência quando fazem o trabalho de cinco.
Na medida em que aumenta a divisão do trabalho ele vai simplificando-se. A habilidade especial do operário torna-se sem valor. O seu trabalho torna-se acessível a todos, por isso a concorrência.
O seu salário, pois que tal como o preço de todas as outras mercadorias ele é determinado pelos custos de produção.
A maquinaria produz os mesmos efeitos numa escala muito maior, ao impor a substituição de operários habilitados por operários sem habilitação, de homens por mulheres, de adultos por crianças, pois que a maquinaria, onde é introduzida de novo, lança os operários manuais em massa para a rua, e onde é desenvolvida, aperfeiçoada, substituída por máquinas mais frutuosas, despende de operários em grupos menores.
Os economistas contam que os operários tornados supérfluos pelas máquinas encontram novos ramos de ocupação.
Se a classe inteira dos operários fosse aniquilada pela maquinaria, que horror para o capital, o qual sem trabalho assalariado deixa de ser capital.
Uma massa de operários lançados fora de um ramo da indústria pela maquinaria poderá encontrar refúgio em uma outra área, por preço inferior e em piores condições do que recebe.
Os operários que trabalham na fabricação da própria maquinaria, se consumindo mais máquinas elas terão de aumentar, e a ocupação de operários também, que seriam habilitados, instruídos para tal.
Mas em lugar do homem despedido pela máquina a fábrica talvez irá empregar três crianças e uma mulher. E o salário que este homem iria receber teria que bastar para sustentar a todos, mas nada mais do que agora são consumidas quatro vezes mais vidas