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(Carlos Estevam Martins) O que no declarado explicitamente pelo artista alienado dito implicitamente pela obra alienada. Querendo ou no , sabendo ou no , o artista se encontra sempre diante de uma opo radical ou atuar decidida e conscientemente, interferindo na conformao e no destino do processo social ou transformar-se na matria passiva e amorfa sobre a qual se apoia este mesmo processo par avanar (apud 122) Para o artista despolitizado a histria da arte no constitui mais do que a histria das formas e dos problemas artsticos e a sucesso dos estilos entendida como no sendo mais que um simples jogo de pergunda e resposta (...) O que distingue os artistas e intelectuais do CPC dos demais grupos e movimentos existentes no pas a clara compreenso de que toda e qualquer manifestao cultural s pode ser adequadamente compreendida quando colocada sob a luz de suas relaes com a base material sobre a qual se erigem os processos culturais de superestrutura (123) Se no fosse possvel conscincia o adiantar-se em relao ao ser social e converter-se , dentro de certa medida , em uma fora modificadora do ser social, tambm no seriam exequveis nem a arte revolucionria nem o CPC (123) Os artistas e intelectuais brasileiros distribuem-se em geral por trs alternativas distintas ou o conformismo de que acima falamos, ou o inconformismo ou a atitude revolucionria consequente (...) A classe dominante , enfeixando em suas mos o poder material e poltico, no tem porque temer os arroubos espordicos, a revolta dispersiva , a insatisfao inconsequente que caracteriza o comportamento dos inconformistas (126) O CPC no poderia nascer, nem se desenvolver e se expandir por todo o pas seno como momento de um rduo processo de ascenso das massas. Como orgo cultural do povo, no poderia surgir antes mesmo que o prprio povo tivesse se constituido em personagem histrico, no poderia preceder o movimento fundador e organizativo pelo qual as massas se preparam para a conquista dos seus objetivos

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