Tuberculose no idoso
INTRODUÇÃO
Tuberculose no idoso
A tuberculose é uma doença infecciosa crônica que, na ausência de tratamento eficaz, evolui para a doença ativa, de forma consuntiva, sobrevindo, como última conseqüência, a morte. Às vezes, a doença no adulto é o resultado de um novo inóculo de bacilos em uma pessoa já sensibilizada por uma infecção prévia (reinfecção exógena)(1). O diagnóstico da tuberculose deve ser sempre precedido pela anamnese, exame físico e a radiografia de tórax que pode auxiliar no diagnóstico da maioria dos casos. A bacteriologia ocupa um papel fundamental, permitindo, por meio do conhecimento dos vários aspectos da biologia do bacilo, a sua correta identificação(2).
O teste tuberculínico, realizado com PPD, tem importância, sobretudo na detecção da infecção pelo bacilo e não na determinação da atividade da doença(3). A prova tuberculínica positiva, isoladamente, indica apenas infecção e não necessariamente tuberculose doença.
A terapêutica utilizada combina várias drogas, uma vez que o bacilo causador apresenta, rotineiramente, mutações(3). A população mundial está envelhecendo, e projeções apontam que, de 1975 ao ano 2025, a população idosa terá crescido 224%, enquanto a população geral crescerá 102%, cabendo aos países em desenvolvimento abrigarem 2/3 dessa população com 60 anos e mais(4).
A literatura científica, nacional e internacional, produzida sobre o assunto, considera idoso o indivíduo que está na faixa etária de 60 anos e mais. Nesse sentido, neste estudo, utilizam-se os termos: velho, idoso, terceira idade, dentre outras expressões, para designar esse grupo da população, sem a preocupação de se ajustar uma expressão adequada e única(5).
O Brasil passa por uma transição demográfica, cuja conseqüência tem sido o aumento do segmento da população de idosos, apresentando caraterísticas que os diferenciam do resto da população(6). O processo de envelhecimento é dinâmico, apresentando modificações tanto morfológicas como funcionais,