Três tipos de compra
Se o produto é de baixo envolvimento, não é avaliado pelo grupo de referência, é de uso privado, de conveniência e comprado com alta frequência, o consumidor certamente adotará um processo de compra rotineira: sua decisão é automática, sem grandes rodeios.
O paulistano gasta, em média, 22 segundos diante das prateleiras dos supermercados para escolher cada produto que irá levar para casa. Dois terços daqueles que efetivamente compram não chegam a comparar as mercadorias, o que confirma que há muito espaço para fabricantes e lojistas fazer promoções no ponto-de-venda com o objetivo de atrair novos clientes. Estas são as principais conclusões de uma pesquisa realizada pela Indicator.
Nos últimos dois anos, a empresa, especializada em análise de mercado, observou o comportamento de mais de 15 mil consumidores em supermercados da Grande São Paulo quanto às compras de 33 categorias de produtos, entre alimentos, artigos de limpeza e higiene pessoal.
Segundo o sócio-diretor da Indicator, Álvaro Ferraz, estes resultados se referem a cada ato de compra e estão sujeitos a mudanças ao longo do tempo. A pesquisa revela, por exemplo, que o produto que o consumidor gasta menos tempo para escolher é o óleo, em média sete segundos. Já a loção pós barba consome mais atenção do comprador, 51 segundos.
Ferraz explica que o tempo de compra está diretamente relacionado com o comportamento do cliente. Isto é, se ele compara ou não os produtos na hora de comprar.
É o que leva à fidelidade de marca, o que é ótimo para a empresa - quando essa marca é sua. Quando não, é necessário um grande esforço de marketing para quebrar a fidelidade e introduzir nossa marca na mente dos consumidores.
Se, no entanto, o produto é de alto envolvimento, não é comprado sempre, tem alto custo, é avaliado pelo grupo de referência, aí, então, o consumidor entra em um processo mais complexo de compra, que envolve pesquisa, comparação, avaliação, demanda