Trânsito e obras

Localizado na Avenida Rebouças, na Zona Oeste da cidade de São Paulo, o Túnel Jornalista Fernando Vieira de Mello, sobre o qual farei um relato neste trabalho, foi inaugurado em 2004, na gestão da então prefeita Marta Suplicy.
A passagem subterrânea tem extensão total de 1.165m e liga as avenidas Rebouças e Eusébio Matoso, passando sobre a Avenida Brigadeiro Faria Lima. Apresenta pistas independentes nos dois sentidos, Centro-Bairro e Bairro-Centro.
O túnel foi criado com o objetivo de viabilizar o trânsito, reorganizar os fluxos de tráfego particular e coletivo, principalmente em horários de maior movimento. Foi uma das obras mais polêmicas da ex prefeita, com gasto abusivo do dinheiro público e considerado um projeto eleitoreiro que foi feito e executado rapidamente, pois Marta queria a reeleição. A obra trouxe alguns transtornos após o seu acabamento. Por diversas vezes o túnel foi interditado por causa de alagamentos. Eventualmente ele é fechado pela CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), para a limpeza e instalação de bombas para drenagem de água. Tais procedimentos atrapalham muito o trânsito na região e redondezas.
A obra não gerou melhoras efetivas. O trânsito não flui e o espaço reservado aos carros é estreito, causando uma “guerra” constante com os motociclistas. “A prefeita tirou o trânsito da parte de cima e passou pra parte de baixo.” Este é o relato constante de moradores e outras pessoas que acessam a região com frequência. Compartilho da mesma opinião, trabalhei por um ano na empresa Johnson & Johnson e fazia o percurso do túnel, de carro, diariamente. Percorria a Avenida Rebouças inteira passando pelo túnel até a Avenida Eusébio Matoso, acessando a ponte de mesmo nome, para chegar a Rua Gerivatiba onde é localizada a empresa. Por muitas vezes peguei congestionamentos extensos, em dias de chuva a região ficava um verdadeiro caos.
A conclusão a que chego sobre essa construção é a de que ela não foi vantajosa para a população da cidade