Tráfego Intracelular
A lâmina basal é uma camada constituinte da matriz extracelular, segregada por células epiteliais (ou seja,apenas presentes em células animais), que se caracteriza por ser resistente, fibrosa e permeável, e que tem como funções assegurar a união das células entre si e de células com o tecido conjuntivo, determinação da polaridade celular, assegurar a migração celular e a filtração de moléculas de grande dimensão. A lâmina basal é constituída por colagéneo IV, e pelas glicoproteínas laminina, entactina e perlecano. A lâmina basal localiza-se por baixo dos epitélios, entre as células e o tecido conjuntivo envolvente. Pode ser observado em células musculares, células de Schwan e glomérulo renal. Na lâmina basal existem duas subcamadas, a lâmina densa e a lâmina lúcida. A lâmina densa é constituída por colagénio IV, que tem como função o suporte de células adjacentes e de componentes da lâmina lúcida. A lâmina lúcida é composta por receptores celulares, integrina, laminina e entactina. A integrina estende-se para outras células, permitindo o contacto inter-celular. A laminina e a entactina têm como função permitir a adesividade de células a moléculas extracelulares e o contacto entre células adjacentes. Estas glicoproteínas nascem todas no interior das células e estendem-se para o exterior devido á existência de espaços vazios presentes no colagénio existente na lâmina basal. Uma das características da lâmina basal, a sua permeabilidade, é essencial para diversos processos no funcionamento do nosso organismo. Bons exemplos da importância desta permeabilidade verificam-se no processo respiratório e na osmorregulação: - A barreira dos alvéolos capilares, onde ocorre a hematose pulmonar, é parcialmente constituído pela lâmina basal. Nesta barreira, a lâmina basal oferece suporte estrutural aos pulmões, enquanto permite a passagem de gases, mais precisamente o oxigénio e o dióxido de carbono. - A lâmina basal é uma estrutura