Tropa de elite
MANIFESTO DOS/AS ESTUDANTES SOBRE A GREVE DA UEPB
Nós, estudantes, somos os que mais diretamente sofremos a repercussão da greve de docentes e funcionários técnico-administrativos. Apesar disso, apoiamos a luta das categorias grevistas. Por quê?
Porque também somos contra a precarização da UEPB!
Nossa luta, inclusive, iniciou antes mesmo das greves em curso serem deflagradas. Como exemplo disso, tivemos, em 2012, uma greve de estudantes do curso de Odontologia do Campus VII (Araruna), por mais de um mês, em virtude da inexistência de laboratórios e clínicas, imprescindíveis para a formação.
Outro exemplo de luta estudantil foi no Campus III (Guarabira). No início do ano letivo de 2013 encontramos salas fechadas no Campus, uma chamada “ampliação de campus” ou construção de sete salas, falta de docentes em sala de aulas, cupins espalhados, banheiros sem portas, laboratório de informática interditado devido à queda de gesso sobre os computadores e com o agravante de ver a possibilidade dos nossos professores de Ensino Superior ser transformados em “auleiros”, por conta da Comissão Especial de Encargos Docentes (Comissão da Chibata), pois esta nova política por parte da Administração Central ampliou a carga horária na Graduação para docentes que já tinham atividades de pesquisa e extensão. A iminência da falta de tempo dos docentes para o desenvolvimento dessas atividades – que compõem o tripé universitário – atinge diretamente os discentes. Isso evidencia uma tentativa de transformar a UEPB numa simples gráfica com o fim de “doar” diplomas de faz de conta. Contudo, este não é um processo novo, mas resultante de uma verdadeira bola de neve que se avolumou por anos, atingindo nossa formação. Dentro deste contexto, no dia 20 de fevereiro do ano corrente, o Reitor Rangel Júnior, numa noite chamada de especial, foi até o Campus III realizar uma “palestra de propósitos”. Ninguém conseguia imaginar uma “aula inaugural”