TROPA DE ELITE 2
A narrativa se inicia por uma das cenas finais do filme, onde o Coronel Nascimento sofre uma tentativa de homicídio, considerado qualificado, uma vez que aconteceu mediante emboscada, como bem expressa o Artigo 121, §2º, inciso IV do Código Penal. Apesar de Nascimento ter sobrevivido à tentativa, não podemos enquadrar a conduta do autor como crime de lesão corporal, uma vez que o dolo do autor transcendeu a mera vontade de lesar a integridade física da vítima. Em sequência, o filme retorna quatro anos antes à tentativa sofrida por Nascimento, relatando o tempo em que Roberto Nascimento (Wagner Moura) ainda se encontra no comando do BOPE (Batalhão de Operações Policiais Especiais).
A história tem, portanto, seu desenrolar com uma rebelião promovida pelos presidiários do Bangu I, mas o que chama a atenção é o fato que essa rebelião só foi possível porque um dos responsáveis pela segurança do presídio aceitou suborno de um grupo de presidiários, sendo conivente com a situação. No entanto, esse mesmo responsável pela segurança foi rendido e acabou contribuindo diretamente para a formação de uma grande rebelião, sendo também vítima de lesão corporal por parte dos presos. Conseguindo armas, o chefe de uma facção acaba assassinando o líder de uma facção rival dentro do presídio, o que podemos considerar como homicídio qualificado (Artigo 121 do CP), uma vez que foi motivado por motivo torpe, com uso de fogo, além da impossibilidade de defesa da vítima. Durante o acontecimento