Tropa de elite 2 por laudicéia souza

Tropa de Elite 2, do ponto de vista ético e moral.

Em tropa de Elie 2 analisam-se as relações íntimas entre comércio de drogas, milícia, polícia e política. Mais que operações policiais, o filme propõe a esquadrinhar os vínculos ocultos das instituições, operações secretas que sustentam o funcionamento do “Sistema”; negociatas, conchavos, alianças políticas, tráfico de influência, propinas, manipulações televisivas, financiamento de campanhas eleitorais e etc. Diversos tipos de relações que contrariam a Ética e a Moral são apresentados em uma trama ficcionista que espelha a amarga realidade vivida em nossa sociedade. Tropa de Elite 2 em muitos momentos nos remete a uma visão maniqueísta do mundo, porém é importante uma análise do geral e do individual, estando atento ao que o senso de moral de cada um pode tomar como “certo” e “errado”. A ética não deve ser confundida com a lei, embora com certa freqüência a lei tenha como base princípios éticos. Ao contrário do que ocorre com a lei, nenhum indivíduo pode ser obrigado, pelo Estado ou por outros indivíduos, a cumprir as normas éticas, nem sofrer qualquer sanção pela desobediência a estas. Todos os pontos levantados no filme, não são novidade para nós brasileiros, basta ler um jornal ou revista que teremos uma idéia de como funciona a máquina de corrupção no país, no filme um conceito nos salta aos olhos; é que independente da instância na qual ela (a corrupção) esteja ligada, todos os pontos se juntam no final. O roteiro de José Padilha e Bráulio Mantovani não faz nada além de colocar em questionamento a falta de ética, de moral e por fim a corrupção de todos os meios. Isto nos leva a refletir que o corrupto e o corruptor, em seus atos são antiéticos e imorais, antes de qualquer coisa. O conceito de Ética não se resume à moral (entendida como "costume", ou "hábito") antes busca a fundamentação teórica para encontrar o melhor modo de viver e conviver, viver individual e conviver coletivo. O Capitão