Tromboembolismo
O Tromboembolismo Venoso (TEV) compreende duas situações que se relacionam diretamente, sendo elas a trombose das veias profundas (TVP) e a embolia pulmonar (EP). A primeira, a TVP, consiste num coágulo (trombo) que se forma numa grande veia da perna, da bacia, e é menos frequente que a sua formação ocorra no braço. Esta pode fazer-se acompanhar por inflamação, dor, hipersensibilidade e rubor no local do trombo. Este trombo pode levar a uma grande preocupação, pelo facto de poder migrar como TEV, pela circulação venosa, para o leito vascular pulmonar, causando assim EP e levando ao desenvolvimento de hipertensão pulmonar, o que poderá causar a morte. (URDEN, STACY, LOUGH; 2008)
1.1. ETIOLOGIA/FISIOPATOLOGIA
Vários são os termos usados para descrever a perturbação que resulta do processo de formação de um coágulo dentro da veia.
Para MONAHAN [et al.] (2010), qualquer aumento na viscosidade ou hipercoagulabilidade do sangue aumenta a probabilidade de formação de trombo. Fatores como desidratação, gravidez, perturbações de coagulação, anemia das células falciformes, neoplasia, policitemia e o uso de contracetivos orais, podem contribuir para a alterações subtil na coagulabilidade, que resulta na formação de trombos. Segundo URDEN, STACY, LOUGH (2008) são ainda alguns os fatores de risco a considerar, tais como: idade acima dos 40 anos, obesidade, traumatismo, lesão medular, certos cancros e sépsis. Devemos ainda enfatizar que as perturbações hereditárias da coagulação e hipercoagulabilidade, (também chamada Trombofilia Genética), conferem uma propensão para a coagulação e aumentam o perfil de risco de TVP em doentes com esta herança genética.
É de referir que os trombos se desenvolvem a partir de plaquetas, fibrina, eritrócitos e leucócitos. Estes formam-se onde o fluxo de sangue é lento ou turbulento. Para a sua formação, são três os grandes fatores predisponentes nesta patologia, descritos como a Tríade de Virchow: estase sanguínea,