A escravidão no Brasil se consolidou como uma experiência de longa duração que marcou diversos aspectos da cultura e da sociedade brasileira. Mais que uma simples relação de trabalho, a existência de mão de obra escrava africana fixou um conjunto de valores na sociedade brasileira em relação ao trabalho, aos homens e as instituições. Nessa trajetória podemos ver a ocorrência de problemas, como o preconceito racial e social no decorrer de nossa história. Devido o período histórico em que vigorou a escravidão Brasil ser uma mancha na memória nacional foi instituída no Brasil a lei nº 12.288, de 20 de julho de 2010 o Estatuto da Igualdade Racial, um instrumento legal que possibilitará a correção de desigualdades históricas, no que se refere às oportunidades e direitos ainda não plenamente desfrutados pelos descendentes de escravos do país. A começar, o artigo sexto do Estatuto estabeleceu a fixação de diretrizes da política nacional de saúde integral da população negra além da participação de representantes do movimento negro nos conselhos de saúde, a coleta de dados desagregados por cor, etnia e gênero, bem como o acesso universal e igualitário ao SUS para promoção, proteção e recuperação da saúde da população negra. No que diz respeito á educação são asseguradas ações afirmativas para a ampliação do acesso da população negra ao ensino gratuito; fomento à pesquisa e à pós-graduação com incentivos a programas de estudo voltados para temas referentes às relações étnicas, aos quilombolas e às questões pertinentes à população negra e programas para aproximação de jovens negros às tecnologias avançadas. Na cultura, esporte e lazer o poder público garantirá o reconhecimento das Sociedades Negras, Clubes Negros, e outras formas de manifestação coletiva da população negra com trajetória histórica comprovada, como patrimônio histórico e cultural. Além disso, afirma que haverá incentivo à celebração das personalidades e das datas comemorativas