Trocando as lentes
Em um processo, o crime torna-se mais importante que qualquer outra coisa inclusive a vida, com a influência de políticos e principalmente da mídia, o que faz com que a vida da vítima e do agressor sejam esquecidos. Com isso, tem se buscado soluções alternativas que não sejam a prisão, cada vez mais aumenta o número de pessoas com a vida nas mãos do Estado, seja na prisão, seja por essas medidas alternativas.
Tudo gira ao redor da culpa, assumida a culpa o que vai acontecer ao final não tem tanta atenção. Existem diversos conceitos jurídicos para culpa, o livro os julga como: “confusos e contraditórios”. Para nossa justiça uma vez que a culpa é assumida esse ofensor deve ser castigado, como se o crime causasse nesse referido ofensor uma dívida moral, tal justiça, foca em castigar esse indivíduo e não no mal que foi causado. A dor e o sofrimento são usados para reabilitação e ressocialização desse individuo e coibir outras pessoas que tenham esse mesmo potencial para que não violem a lei. Com medo das punições, os indivíduos tendem a não assumirem suas culpas.
O objetivo de nosso processo penal é ter conhecimento se houve culpa e assim determinar as punições cabíveis. De acordo com o Direito Romano, o processo tem mais importância do que mesmo o seu resultado, nossa justiça tem a intenção de tratar com igualdade as pessoas, porém, não se preocupa em observar as circunstâncias em que cada crime foi cometido para que seus resultados sejam diferentes, não se importando com a igualdade de resultados.
Para nossa sociedade o significado de justiça é a aplicação da lei, o crime é a violação da lei. Pois bem, e a vítima? Quem é? Se o Direito Penal defende que o crime é uma violação contra o Estado, seria o Estado a vítima e não o individuo.
Capítulo 6
Todos os dias muitos conflitos ocorrem em nossa sociedade, porém os paradigmas só são aplicados em situações específicas, desses vários conflitos que acontecem pouquíssimos vão para a justiça, o que quer