TRM - TRAUMATISMO
O traumatismo raquimedular caracteriza-se pelas lesões da medula espinhal, frequentemente provocadas por acidentes com veículos, ferimentos por arma de fogo, quedas e impactos na região da coluna. No Brasil, ocorrem a cada ano 140 mil fraturas de coluna que resultam em 14 mil casos de déficit neurológico, sendo a coluna cervical mais comprometida. E é aí que o fisioterapeuta entra.
Foto: Site Jornal A Voz de São Francisco
Na fase aguda da lesão, esse profissional tem a meta de facilitar uma transição eficiente para a fase de reabilitação intensiva. Ele irá procurar estabelecer o posicionamento correto desse paciente, mudanças periódicas de posição (barriga para baixo e barriga para cima), mobilização passiva e estiramentos suaves, iniciação gradual do trabalho de levar a pessoa a ficar em pé, assistência respiratória e orientação familiar. Essa fase é realizada no próprio hospital.
Em seguida vem a fase de reabilitação intensiva, onde o fisioterapeuta visa levar o paciente à utilização de todo o seu potencial funcional até o nível máximo de independência possível. Nesta fase, a fisioterapia envolve diversas atividades que devem ser adequadas às necessidades e potencialidades de cada paciente.
- Relaxamento muscular: preparação do músculo para responder adequadamente às solicitações posteriores das atividades motoras. Nele o fisioterapeuta leva o paciente a adotar posturas de relaxamento dos quatros membros em semiflexão e realizar mobilização. Tudo isso é realizado de forma suave e lenta, evitando assim desencadear atividades reflexas indesejadas ou mesmo lesões nas articulações.
- Fortalecimento Muscular: é imprescindível à recuperação do paciente. Nele o fisioterapeuta estimula, com cuidado, os grupos musculares preservados visando alcançar todo o potencial funcional do paciente. O tipo de contração muscular utilizado pode ser isotônica (dinâmica) e isométrica (estática). Vale lembrar que nos pacientes