Tripé Economico
O governo federal vem passando cada vez mais apertado, em seu sentido mais literal imaginável. Com necessidades de investir pesado em infraestrutura e custear o funcionalismo, o governo atua em um cenário com um dólar cada vez mais baixo, uma taxa de juros crescente e uma expectativa inflacionária que já faz o Banco Central deixar suas metas inflacionárias para trás.
Com orçamento sendo forçado para baixo, com cortes de gastos latentes, muito em função da gastança dos últimos anos, e uma política monetária restritiva, Brasília ainda navega sob uma nuvem de dúvidas quanto ao roteiro econômico. Não bastasse esse contexto, há cobrança internacional sobre as melhorias para os grandes eventos esportivos, que demandam uma série de ajustes, como replanejamento dos sistemas de transporte urbano e a renovação dos aeroportos.
Apesar de todas as intervenções e tentativa de manter sua cotação entre R$ 1,65 e R$ 1,70, o governo através do Banco Central, ainda não conseguiu seu objetivo de segurar o valor do dólar e impedir que sua cotação desestabilize o setor industrial. Deve-se analisar ainda que os níveis de cotações do dólar estão trazendo dois lados da mesma moeda para nosso contexto macroeconômico.
De um lado, pode-se iniciar um processo de "desindustrialização" brasileira, no momento em que substitui produtos nacionais por produtos importados, desmotivando o processo industrial nacional, gerando perdas de emprego e renda. De outro, consegue alimentar parte do consumo interno e amenizar as pressões inflacionárias, além de possibilitar um