trilhas

Nunca pense que não acontecerá qualquer imprevisto durante o tempo em que você estará sem contato com o resto do planeta. Além de avisar para alguém a região onde você estará correndo, sempre leve quantidade extra de água e alimento. Os imprevistos sempre podem acontecer em um ambiente que não seja o seu, mesmo que você se considere um veterano corredor de desertos, sentindo-se “em casa” nestas regiões.

- Normalmente a baixa umidade em áreas desérticas costuma enganar a sensação de sede, apesar de estarmos perdendo água para o ambiente através do suor e da respiração. O que devemos fazer é nos obrigarmos a beber líquido a intervalos regulares, independente de estarmos ou não com sede. A melhor maneira para fazermos isto é levar um relógio que possua alarme automático de período de tempo, que não necessita qualquer intervenção ao final de cada intervalo, reiniciando-se automaticamente. O recomendado, em atividades aeróbicas de média a alta intensidade, é ingerir 100ml a cada quinze minutos. Eu costumo variar o alarme do relógio entre cinco e dez minutos, dependendo de fatores como temperatura, umidade, cansaço e dificuldade da trilha.

- Nunca subestime o poder dos raios solares, mesmo que o céu esteja nublado. Em regiões desérticas a atmosfera costuma ser bastante pura, não contendo a poluição que normalmente funciona como filtro solar. Sempre use protetores.

- Um dos equipamentos mais importantes para a corrida em desertos é o boné com proteção posterior, impedindo o ataque direto do sol à nuca, onde se encontra o bulbo. A regulação de temperatura corporal tem, neste local, um de seus pontos mais importantes. Se o sol incidir nesta região aumentará a sensação de calor, fazendo com que o organismo dê respostas metabólicas a esta pseudo-elevação da temperatura corporal. Para evitar isto, o boné do tipo “Legião Estrangeira” é a melhor solução.

- Desista de tentar inventar alguma maneira para evitar a entrada de areia nos tênis durante