Trem-bala
O projeto se arrasta há praticamente quatro anos e faz parte dos preparativos para a Copa do Mundo de 2014. No entanto, três licitações anteriores foram declaradas nulas, pois as empresas interessadas rejeitaram certas exigências do governo, como os preços considerados baixos para as passagens. A última licitação foi realizada em julho de 2011, quando pela terceira vez o processo foi invalidado.
A obra consiste em uma linha de alta velocidade ao longo de 510 quilômetros entre as cidades do Rio de Janeiro e São Paulo, de onde sairia uma segunda linha de 97 quilômetros até a cidade de Campinas.
Até agora, empresas da Coreia do Sul, França, Espanha, Japão e Alemanha demonstraram interesse no projeto. Nos últimos meses, autoridades espanholas também avisaram o governo brasileiro que pretendem participar da licitação em função da vasta experiência em trens de alta velocidade, com empresas como a Ineco e a Renfe. O governo propôs que 60% da obra seja financiada com créditos dos bancos públicos brasileiros, sugestão inclusive que já foi aceita pelo Congresso.
Segundo os cálculos das autoridades, o primeiro trem de alta velocidade da América do Sul transportaria cerca de 33 milhões de pessoas no primeiro ano de operação, e esse número poderia chegar a 100 milhões em 2030.
O projeto foi considerado complexo por muitos especialistas, já que implicará na construção de 90,9 quilômetros de túneis e de outros 107,8 quilômetros de pontes e viadutos para salvar os rios e poder passar pelos desníveis do relevo que apresentam as duas serras que separam São Paulo do Rio de Janeiro.
A retomada do projeto foi anunciada uma semana depois da apresentação de um ambicioso plano de concessões