Trechos Comentado do O Capital

Fichamento Crítico: O capital
1. Texto: MARX, Karl. Capitulo 1 (A mercadoria). O Capital: O processo de produção de capital. Livro I. Volumes 1 e 2, São Paulo: Abril Cultural, 1984 [1867],
A MERCADORIA
“A mercadoria é, antes de mais nada, um objeto externo, uma coisa que, por suas propriedades, satisfaz necessidades humanas, seja qual for a natureza, a origem delas, provenham do estômago ou da fantasia. Não importa a maneira como coisa satisfaz a necessidade humana, se diretamente, como meio de subsistência, objeto de consumo, ou indiretamente, como meio de produção.” (p.57)

A aquisição e acúmulo de mercadorias é a essência da economia capitalista, que vê nas necessidades humanas sejam elas fisiológicas ou psicológicas uma fonte inesgotável de obter riquezas que nada mais é se não mercadorias acumuladas em grande proporção.
Essa exploração é sustentada pelo utilitarismo que afirma a busca da maior satisfação possível do individuo, como norteador da ética na economia. O modelo capitalista em sua atividade trabalha com o objetivo de criar necessidades, tudo é feito com o objetivo de ser desfeito no dia seguinte, a fim de que sempre haja necessidades a serem supridas.

VALOR DE USO E VALOR DE TROCA

“ A utilidade de uma coisa faz dela uma valor-de-uso(...)A própria mercadoria, como ferro, trigo diamante etc., é por isso, um valor-de-uso, um bem(...) os valores de uso são, ao mesmo tempo, os veículos materiais do valor de troca. O valor de troca revela-se, de inicio, na relação quantitativa entre valores-de-uso de espécies diferentes.”(p.58)

Marx fala em valor de uso e valor de troca. O primeiro refere-se à utilidade que uma coisa tem em si mesmo, por exemplo o valor de uso da caneta é escrever, já o valor de troca trata-se do valor quantitativo que essa mercadoria revela quando posta em relação de troca com outra mercadoria de diferente valor de uso. Pode assumir vários valores de troca a possibilidade é igual a quantidade de número de mercadorias