Traçado urbano original da cidade de Franca - SP
Universidade Paulista Júlio de Mesquita Filho - UNESP
Discente: Rael Garcia Dominiquini
Docente: Maria Helena Rigitano
Disciplina: Urbanismo I
História: Origem e transformações
As regiões entre os rios Pardo e Grande, do Nordeste Paulista, começa a ser desbravada no início do século XVIII por Bandeirantes que buscavam as minas de Goiás. A rota rumo à recémfundada Vila Boa de Goiás passava por essa região, a famosa estrada do sal.
Os primeiros habitantes do Sertão do Rio Pardo não eram “homens de posses”. Arredados do grande movimento de descoberta e exploração das minas, eles foram se estabelecendo ao longo da “Estrada dos Guayazes”, contentando-se em dar pousada e abastecimento aos viandantes e mineradores.
Abriu-se um caminho e por ele transitaram Bandeirantes, comerciantes e mineradores, em demanda daquelas minas. Ao seu longo, formaram-se pousos, núcleos iniciais de povoamento e abastecimento. Esse quadro geral perdura até fins do século XVIII.
No início do século XIX, a região acolhe forte fluxo populacional: são os mineiros que vêm das
Gerais, principalmente do sul, para criar gado e plantar lavoura. Esse fluxo sucede a decadências. A mão-de-obra procurou outra atividade mais estável, ligada à terra, começando a dirigir-se à capitania de São Paulo. Os primeiros habitantes pioneiros chegam nos anos iniciais do século XIX e, em 1805, criam a Freguesia da Franca, que constitui o primeiro núcleo urbano da região. Em volta da igreja, cujo vigário será o Padre Joaquim Martins
Rodrigues, os mineiros migrantes, liderados por Hipólito Antônio Pinheiro (o fundador de
Franca), levantam suas casas, que só abrigariam seus moradores aos domingos e feriados. Era nas fazendas que viviam a maior parte de suas vidas. Uma organização dentro de um mundo rural. Criada a Freguesia da Franca, desvinculava-se da Freguesia de Mojimirim, cuja jurisdição eclesiástica atingia até as margens do Rio Grande. O