PEREIRA, Renata Baesso. Tipologia arquitetônica e morfologia urbana. Uma abordagem histórica de conceitos e métodos.
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PEREIRA, Renata Baesso. Tipologia arquitetônica e morfologia urbana. Uma abordagem histórica de conceitos e métodos. Arquitextos, São Paulo, ano 13, n. 146.04, Vitruvius, jul. 2012
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Na década de 1960, metodologias de estudo da cidade que buscam superar a divisão disciplinar entre
Arquitetura e Urbanismo adquirem expressão, quando parte da cultura arquitetônica italiana, questionando os resultados da aplicação dos códigos redutivos do Movimento Moderno na cidade, tais como o empobrecimento d oambiente urbano e a perda da identidade cultural, postula a aplicação de novas abordagens para a Arquitetura em conexão com a análise das estruturas urbanas, entendidas como relações mutáveis, mas constantes no tempo (1).
Tal abordagem inicia-se com Saverio Muratori que, em Studi per una operante Storia Urbana di Venezia
(1960), examina o tecido urbano e faz do tipo, enquanto estrutura formal, o conceito básico para explicar o desenvolvimento histórico desta cidade. Para Muratori, o tipo é a chave para compreender a conexão entre os elementos individuais e as formas urbanas; assim tanto as calli, como os campi e os cortide
Veneza são considerados elementos tipo vinculados uns aos outros, que perdem o sentido se não são reconhecidos a partir da interdependência constatada. Esta atitude, ao destacar a relação dos elementos entre si e com o todo, propõe um método de análise que pode ser chamado de morfológico e que foi a base para o desenvolvimento de numerosos estudos tipológicos.(2)Os outros expoentes italianos que, à época, propõe uma análise da cidade a partir da relação entre tipologia arquitetônica e morfologia urbana são: Giulio Carlo Argan, Aldo Rossi, Carlo Aymonino e Ludovico Quaroni. Ao situar historicamente este movimento, François Loyer nos dá a dimensão de sua importância:
(…) No início dos anos 1970, a temática