Movimentos de Moradia
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5. CONFIGURAÇÃO DE UMA EXPERIÊNCIA
Os pontos relevantes sobre as vilas de usinas hidrelétricas foram discorridos, às vezes mais resumidamente, outras vezes com mais especificidades, em que foram abordados; o momento político, o espaço geográfico, os vários agentes envolvidos em seu processo de constituição, utilizando a perspectiva histórica. Foram analisados o planejamento regional e as práticas de planejamento desenvolvidos no país, sob o ponto de vista da urbanização brasileira e dos seus desdobramentos em relação às pequenas cidades, e sobre as questões conceituais que envolveram a concepção dos projetos das vilas operadoras.
É fato que a localização de uma vila operadora está condicionada a uma usina hidrelétrica, cuja localização geográfica também está condicionada
aos atributos
físicos e potencial energético de um determinado rio. Consideraram-se os atributos naturais e construídos como parte do processo de formação e desenvolvimento de seus espaços intra-urbanos, que em conjunto com outras análises, determinaram espacialidades e paisagens que, nas vilas são marcadas pela diversidade no contexto ao qual se inserem.
A sistematização dos dados obtidos no capítulo anterior permitiu, em parte, avaliar o desenvolvimento socioespacial e regional das vilas operadoras. Reflete-se agora, como considerações finais, como estas foram constituídas, a fim de aferir se existem pontos em comum em relação à formação e ao desenvolvimento de seus espaços intraurbanos e seu papel de agentes de modificações socioespaciais nas regiões onde foram
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construídas.
Neste Capítulo, relaciona-se o planejamento das vilas e o contexto atual partindo da reflexão sobre a trajetória das vilas em três momentos: concepção (planos, projetos e construções), realização (obra construída) e utilização (atual por meio de suas características socioespaciais) que foram descritas e analisadas no capítulo