Traumatismo toracico e abdominal
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Aproximadamente um quarto das mortes por trauma são devidas a traumatismo torácico.
As mortes imediatas são essencialmente devidas a rotura major do coração ou grandes vasos. Mortes precoces devido a traumatismo torácico devem-se a obstrução da via aérea, tamponamento cardíaco ou aspiração.
A maioria dos doentes com trauma torácico podem ser tratados com manobras simples e não requerem tratamento cirúrgico.
A dificuldade respiratória pode ser causada por:
fractura de costelas/respiração paradoxal
pneumotórax
pneumotórax sob tensão
hemotórax
contusão pulmonar
pneumotórax aberto
aspiração
O choque hemorrágico é devido a:
hemotórax
hemomediastino
Fractura de costelas: as fracturas de costelas podem ocorrer no ponto de impacto e a lesão do pulmão subjacente pode provocar contusão ou perfuração do mesmo. Nos idosos podem ocorrer fracturas de costelas por simples traumas. As costelas tornam-se geralmente estáveis dentro de 10 dias a 2 semanas. A cura completa com formação de calo ocorre após cerca de seis semanas.
Respiração paradoxal: o segmento instável move-se separadamente e em direcção oposta do resto da caixa torácica durante o ciclo respiratório. Pode surgir dificuldade respiratória severa.
Pneumotórax sob tensão: surge quando o ar entra no espaço pleural mas não pode sair.
Como consequência a pressão intratorácica aumenta progressivamente no lado afectado com resultante desvio do mediastino. O doente fica dispneico e hipóxico. É preciso fazer urgentemente a descompressão com uma agulha antes de ser introduzido um dreno intercostal. A traqueia pode estar desviada (sinal tardio) e empurrada da linha média pelo ar sob pressão.
A extensão das lesões internas não podeser julgada pela aparência da ferida da pele
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Hemotórax: mais comum nas feridas penetrantes do que nas lesões não penetrantes do tórax. Se a hemorragia é