Traumatismo crânio encefálico
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O Traumatismo Crânio-Encefálico (TCE) acompanha a humanidade desde os seus primórdios. A incidência desta afecção aumenta em relação direta com o desenvolvimento tecnológico e a modernização. Atualmente é a maior causa de morbidade e mortalidade nas comunidades; é a terceira causa mais comum de morte nos EUA, excedido apenas por doenças cardio-vasculares e câncer. No Brasil não existem dados estatísticos confiáveis.
O tratamento clínico desta afecção ainda é controvérsia nos grandes centros do mundo. O manuseio terapêutico tem embassamento no conhecimento das injúrias cerebrais primárias e secundárias. As injúrias primárias representam os efeitos imediatos e/ou irreversíveis da dissipação de energia dentro da substância cerebral. A vasta maioria desses fenômenos ocorrem dentro dos millisegundos do impacto ou penetração. As injúrias primárias incluem as disrupturas neuronais ou gliais diretas, as injúrias vasculares e as injúrias de partilhação ( explosão temporal, lacerações ). As injúrias primárias são melhores compreendidas quando separadas em focais ( hematoma, contusão, laceração, hemorragia ), ou difusas ( hemorragias petequiais múltiplas, inchaço cerebral, disfunção transitória ( confusão, amnésia, inconsciência ) e lesão axonal persistente ( inconsciência longa, lesão axonal difusa ). Existe uma forte evidência de que as lesões primárias podem ocorrer em tempo posterior ao trauma, tal como horas, conhecidas como lesões primárias tardias.
Imediatamente depois do insulto primário, uma série de eventos reativos iniciam, alguns causam aceleração ou aumento da injúria celular inicial e outros causam novas injúrias. Esta cascata complexa de eventos constituem as injúrias cerebrais secundárias, que podem ser categorizadas de várias formas. Eventos extra-cranianos como hipotensão e hipóxia, podem ocorrer como resultado da injúria primária ou devido ao trauma sistêmico, aspiração ou má-condutas nas