Tratamento dos Residuos Solidos Hospitalar por microondas
São considerados resíduos sólidos, todos os resíduos nos estados sólidos e semi-sólidos descartados pelos os seus geradores, quando julgados inúteis (NBR 10.004, 2004).
A geração de resíduos sólidos no mundo aumentou três vezes mais do que a população nos últimos 30 anos, pois a utilização de embalagens descartáveis e a cultura do disperdício contribuíram para essa realidade lamentável, conforme relata a Revista Galileu (2003).
No Brasil essa situação não altera muito, pois a geração de Resíduos Sólidos Urbanos - RSU chega a 60.868.080 t/ano, de acordo com a pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Espéciais – ABRELPE (2010). Essa pesquisa demonstra que houve um crescimento na geração de RSU de 6,8% no período de 2009 e 2010, e que a taxa de crescimento populacional urbano foi de 1% no mesmo período, concluindo que, a geração de RSU aumentou quase seis vezes a quantidade da taxa de crescimento populacional.
Na época dos homens nômades não existia o excesso de geração de resíduos sólidos, pois sua alimentação era basicamente de resíduos orgânicos, mas com a Revolução Industrial em meados do século XVIII houve um aumento significativo de resíduos não biodegradáveis, passando a sociedade a se preocupar com o meio ambiente somente após a Segunda Guerra Mundial, ao perceber as agressões que esses resíduos provocam a natureza (MOTA et al., 2004).
E ainda com o crescimento populacional desordenado, vieram juntos os resíduos urbanos, sendo o mais perigoso, os resíduos hospitalares. Atualmente no Brasil os Resíduos Sólidos de Serviço de Saúde tem o destino final em aterros controlados ou sanitários, valas sépticas, em alguns casos críticos em lixões, pois a maioria dos 5.565 municípios brasileiros deposita esses resíduos em lixões a céu aberto sem nenhum tratamento prévio e segregação na origem, se misturando aos resíduos urbanos (LIMA, 2000). Os Resíduos de Serviço de Saúde devem passar por um tratamento prévio