TRATAMENTO DO LIXO
A gestão de resíduos, perigosos ou radioativos, é assunto de extrema importância no contexto internacional, o que se deve principalmente às inúmeras catástrofes ocorridas relacionadas às falhas no seu gerenciamento. A grande diversidade de substâncias potencialmente tóxicas contribui para a deterioração do meio ambiente. Programas de Gerenciamento de Resíduos Sólidos devem dar enforque principal à redução na geração e resultar em um sistema com características tais que haja adequação do tratamento, transporte e capacidade de disposição dos resíduos não passíveis de redução, com custos compatíveis, de modo a assegurar aos empreendimentos a sua competitividade no mercado. Entretanto, para possibilitar a elaboração de programas desta natureza é necessário ter como base um prévio estudo qualitativo e quantitativo da gestão de resíduos dos empreendimentos dos quais se deseja realizar o planejamento.
DISPOSIÇÃO E TRATAMENTO
A disposição e o tratamento do lixo podem ser feitos de diversas maneiras. Uma delas, lamentavelmente ainda comum em muitas cidades, consiste em simplesmente lançar e amontoar o lixo em algum terreno baldio, dando origem aos ‘lixões’ ou ‘monturos’.
No aterro sanitário, lixo é lançado sobre o terreno e recoberto com solo local, de forma a isolá-lo do ambiente, formando ‘câmaras’. Nessas ‘câmaras’, cessada a biodegradação aeróbia com o esgotamento do pouco oxigênio existente, processa-se a biodegradação anaeróbia, com liberação de gás e de uma substância líquida escura, constituída pelos resíduos orgânicos apenas parcialmente biodegradados, denominada chorume.
A fração gasosa é predominantemente formada por gás metano e tende a se acumular nas porções superiores das câmaras, devendo ser drenada para queima ou beneficiamento e utilização. O chorume acumula-se no fundo e tende a infiltrar-se no solo, podendo alcançar o lençol freático, contaminando-o, no caso de ele não estar separado por uma camada de solo ou de um revestimento