Tratamento de Mourões - Método de substituição de seiva
ISSN 1517-5030
Colombo, PR
Dezembro, 2003
Foto: Marcio Henrique M. Fabis
Método de Substituição de Seiva para Preservação de Mourões
Washington Luiz Esteves Magalhães1
José Carlos Duarte Pereira2
Introdução
No Brasil, existem várias espécies produtoras de madeiras naturalmente resistentes à biodegradação por organismos xilófagos. Todavia, a exploração desenfreada das florestas nativas praticamente esgotou a disponibilidade dessas madeiras nas regiões nordeste,
Sudeste e Sul do país, e as colocou sob risco de extinção na região Centro-Oeste. Assim, a consciência conservacionista, aliada ao custo de transporte, impõe cautela na exploração das espécies alternativas da região
Norte. Para suprir a demanda crescente por madeira resistente aos organismos xilófagos e diminuir a pressão sobre as florestas nativas, uma opção bastante atraente é o uso de tratamento preservativo em madeira de espécies plantadas e de crescimento rápido. O tratamento preservativo implica em aumento do custo inicial da madeira, mas que ao longo do tempo de uso é diluído a ponto de ser mais vantajoso que a madeira não tratada.
Esta tecnologia afigura-se como mais um instrumento que favorece a eqüidade social, uma vez que permite a todos no campo, pequenos, médios ou grandes
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produtores, diversificarem e agregarem valor aos produtos oriundos dos recursos florestais. No caso das grandes propriedades, o processo é vantajoso principalmente quando as usinas de tratamento por pressão encontram-se muito afastadas, encarecendo o transporte. Para as pequenas e médias propriedades, o método proposto será de grande valia principalmente quando houver espécies plantadas na área ou nas vizinhanças. O agricultor poderá produzir mourões, seja para suprir as próprias necessidades, seja para a comercialização, em pequena escala, da madeira preservada. Além de atender diretamente uma demanda importante dos produtores rurais, este trabalho também
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