transtornos alimentares
Introdução
O consumismo, o individualismo, a competitividade e a agressividade do mercado atual de trabalho são algumas das características do mundo capitalista que o trabalhador vivencia, podendo interferir diretamente na sua saúde, gerando prejuízo para o profissional. O ambiente competitivo exige elevado dinamismo, grande esforço físico e psicológico, ultrapassando, muitas vezes, o limite da capacidade do trabalhador. Porém, para manter-se nesse mercado e garantir o emprego, o trabalhador se submete às exigências da instituição na qual se encontra. (MARTINATO et al.,2010).
Os riscos para a saúde relacionados ao trabalho dependem do tipo de atividade profissional e das condições em que a mesma é desempenhada. Os serviços de saúde proporcionam aos seus trabalhadores as piores condições de trabalho se comparados aos demais serviços (GASPAR, 1997).
A enfermagem é uma profissão que requer, além de conteúdo científico e habilidade psicomotora, sensibilidade para o desenvolvimento de um trabalho eficaz, pois cuida do indivíduo de forma integral e humanista. Neste sentido, os trabalhadores de enfermagem estão à mercê de riscos provenientes de condições precárias de trabalho, tais como longas jornadas, trabalho em turnos desgastantes (vespertinos e noturnos, domingos e feriados), multiplicidade de funções, intensidade e ritmo excessivo de trabalho, ansiedade, posições incômodas, separação do trabalho intelectual e manual, controle das chefias, mantendo contato com uma variedade de riscos físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e de acidentes, os quais podem desencadear acidentes e afastamentos levando ao adoecimento (LOPES et al.,1996).
Tem-se percebido que a realidade vivida por muitos trabalhadores de enfermagem, especialmente em instituições hospitalares, vem acarretando agravos à saúde, provenientes, em geral, do ambiente de trabalho, da organização e das atividades insalubres executadas, o