Transtorno do Pânico e Agorafobia - Um estudo de Caso
Introdução
O presente estudo teve como objetivo intervir nos comportamentos problemáticos de uma cliente de 53 anos que relatou experimentar estados corporais compatíveis com manifestações do transtorno de pânico. Com base nos relatos verbais e registros dos comportamentos da cliente, a terapeuta descreveu as contingências que produziam a queixa e ensinou à cliente que a ansiedade é um estado corporal produzido pelas contingências aversivas às quais ela respondia. Durante a intervenção, a cliente adquiriu o repertório necessário para responder adequadamente às contingências aversivas. Os comportamentos desadaptados da cliente ficaram sob controle dos procedimentos terapêuticos utilizados.
Estudo de Caso
Helena, uma mulher de 53 anos de idade, era casada com um administrador de empresa desempregado e tinha três filhos, sendo duas mulheres e um homem. Era a filha mais velha de cinco irmãos. Descreveu o pai como uma pessoa rígida, verbalmente abusiva, perfeccionista. Já a mãe, descreveu como sendo uma pessoa dócil, dependente, passiva, prestativa e sem ambições. Relatou que se casou aos dezesseis anos para sair de casa, pois até então, não tivera liberdade. Só quando “colocou uma aliança no dedo” pôde sair só com o noivo, e, mesmo assim, com longas admoestações do pai que temia que “ela se perdesse na vida”. Depois que concluiu o primeiro grau, empregou-se numa empresa pública que estava para ser privatizada. Esta questão deixou Helena indecisa se deveria aposentar proporcionalmente ou não. Adiou a decisão, pois gostava do trabalho e dos colegas.
Helena e a família estavam passando por dificuldades financeiras devido à demissão do marido. Esta situação a incomodava bastante, pois o filho queria se casar e na sua avaliação o momento não era propício.
Recentemente Helena experimentara uma ligeira tontura. Com o passar do tempo sua tontura piorou e ela começou a sentir o aumento de sua frequência cardíaca,