Transtorno alimentar
01. Como é o seu trabalho?
02. Quais os casos mais comuns que você recebe em seu dia-a-dia?
03.Como você trabalha com a percepção e emoção em casos de distúrbios alimentares? Quais as diferenças na percepção e na emoção relacionada a cada transtorno?
04. Quais os sintomas psicológicos e emocionais notados no paciente?
05. Em relação a percepção, quais as queixas feitas pelo paciente?
06. Quais as maiores dificuldades encontradas no processo de tratamento desses pacientes?
07. Você pode citar algum caso marcante envolvendo o assunto abordado?
Passados quase dez anos do início dos primeiros grupos para o tratamento dos transtornos alimentares anorexia e bulimia nervosas , um olhar sobre a produção de pesquisa nacional oferece dados interessantes.
Ao estagiar no Instituto de Psiquiatria de Londres, em 1991, junto ao grupo de transtornos alimentares coordenado na época por Gerald Russell, um colega inglês sem constrangimento perguntou-me o que faria com meu treinamento, acreditando que os problemas alimentares brasileiros fossem a fome e a desnutrição.
Os quase 700 pacientes atendidos pelo Ambulatório de Bulimia e Transtornos Alimentares (Ambulim) do Instituto de Psiquiatria do HC-FM/USP desde 1992 e o desenvolvimento dos vários serviços pelo país desmentem o preconceito ainda vigente.
Estruturaram-se, além do Ambulim, o Proata na Unifesp, o Gota no Rio de Janeiro (Iede e UFRJ) e o grupo da Fundação Mário Martins mais antigos e com maior produção científica. No momento, novos grupos iniciaram atendimento ou estão em fase de estruturação na Santa Casa do Rio de Janeiro, em Curitiba, Salvador, Fortaleza e na Unicamp.
Obesidade não é considerada um transtorno alimentar, mas os psiquiatras integraram-se no manejo de pacientes com esse problema, fazendo com que a obesidade "amigavelmente" fosse incorporada e estudada por esses grupos.
As limitações para pesquisa com transtornos alimentares no Brasil são grandes e pode-se dividi-las em: