Transtono Delirante
Segundo o DSM-IV, o diagnóstico de transtorno delirante é feito quando uma pessoa exibe delírios não-bizarros de pelo menos um mês de duração que não podem ser atribuídos a outros transtornos psiquiátricos.
1. Epidemiologia:
Avaliação precisa é difícil por sua raridade, bem como porque pode ser sub-relatado.
A prevalência nos EUA é estimada em 0.02 a 0.03%. A idade média de início é em torno dos 40 anos, mas varia entre 18 e 90, com leve predominância no sexo feminino.
2. Etiologia:
Assim como os principais transtornos psiquiátricos, a causa do transtorno é desconhecida. O conceito central pertinente à causa é a distinção da esquizofrenia e dos transtornos de humor. O acompanhamento a longo prazo indica que o diagnóstico é relativamente estável, com menos de um quarto dos pacientes sendo reclassificados como portadores de esquizofrenia e menos de 10% como portadores de transtorno de humor.
3. Diagnóstico e características clínicas:
Estado mental:
- Descrição geral: A característica mais notável é que o exame do estado mental mostra que esses indivíduos são bastante normais, exceto por um sistema delirante acentuadamente anormal
- Humor, sentimentos e afeto: Os humores são consistentes com o conteúdo dos delírios. Entretanto, qualquer que seja a natureza do delírio, o examinador pode perceber algumas características depressivas leves.
- Distúrbios perceptivos: Por definição, não tem. Alucinações táteis ou olfativas podem estar presentes se forem consistentes com o delírio.
- Pensamento: Transtorno no conteúdo do pensamento é o sintoma chave do transtorno delirante.
- Sensório e cognição: Sem grandes alterações
- Controle dos impulsos: Avaliar a presença de ideação suicida, homicida ou outra violência em decorrência do delírio.
- Julgamento ou insight: Praticamente sem nenhum insight
- Confiabilidade: Em geral confiáveis, exceto quando as mesmas