transposição do rio sao francisco
1- Introdução
A seca no sertão nordestino, está entre as questões mais graves do Brasil. Há séculos os governos têm tentado resolvê-la, sem sucesso. O próprio imperador D. Pedro 2 declarou: "Não restará uma única joia na Coroa, mas nenhum nordestino morrerá de fome".
Esperamos com esse trabalho propor novas soluções e alternativas para melhor distribuição e aproveitamento da água no nordeste. E dessa maneira, esperamos chegar a conclusão de que mudar a trajetória de um dos principais rios do Brasil, não é o melhor projeto para ajudar os nordestinos com a seca.
Na Califórnia, chove cerca de sete vezes menos que na região chamada de polígono das secas, e cada gota de chuva é rigorosamente aproveitada.
Em Israel, outro país que convive com a seca, 85% da água que água que seria jogada fora é reciclada. Em segundo lugar, vem a Espanha, com apenas 12%.
O nordeste é viável, o principal problema não é a seca propriamente dita, e sim a ação ou omissão dos homens.
2- O porque da seca
A seca é o resultado da interação de vários fatores, alguns externos à região (como o processo de circulação dos ventos e as correntes marinhas, que se relacionam com o movimento atmosférico, impedindo a formação de chuvas em determinados locais), e de outros internos (como a vegetação pouco robusta, a topografia e a alta refletividade do solo). Muitas têm sido as causas apontadas, tais como o desflorestamento, temperatura da região, quantidade de chuvas, relevo topográfico e manchas solares. Ressalte-se, ainda, o fenômeno "El Niño", que consiste no aumento da temperatura das águas do Oceano Pacífico, ao largo do litoral do Peru e do Equador.
Algumas áreas do sertão nordestino podem ficar sem registrar nenhum índice de chuva nos meses de seca e nos meses em que pode chover não chove, sendo assim as secas duram até 2 anos em períodos de El Niño. Mas os períodos de seca não se limitam apenas ao sertão e até mesmo no litoral há