Transplante ósseo
É muito comum falarmos de transplantes de medula, coração, córnea, rins, fígado. Existe também o transplante de ossos. Mas ainda há muita desinformação. Com exceção do sangue, o osso é o tecido humano mais frequentemente transplantado. O transplante ósseo é comumente referido como enxerto e os enxertos podem ser divididos, de acordo com a sua natureza, em:
Enxerto autólogo: transplante de um tecido ou órgão e, no nosso caso, do osso de um local para outro do mesmo individuo.
Isoenxerto: enxerto permutado entre pessoas com características geneticamente idênticas do mesmo zigoto, como gêmeos humanos idênticos.
Aloenxerto ou enxerto homólogo: transplante de um indivíduo da mesma espécie, mas com características genéticas desiguais [1,5].
De acordo com a literatura um dos tecidos que mais se remodela é o tecido ósseo. Tecido este, conjuntivo especializado, vascularizado e dinâmico, que se modifica ao longo de toda a vida do indivíduo. Quando lesado, possui uma capacidade única de regeneração e reparação sem a presença de cicatrizes, mas em algumas situações devido ao tamanho do defeito causado, o tecido ósseo não se regenera por completo. Um dos traumas mais comuns, ou seja, a exodontia dentária acaba resultando em perda de osso alveolar em decorrência da atrofia do rebordo edêntulo. Em muitas circunstâncias esse é um fator limitante à reabilitação com implantes dentários, em função do volume ósseo insuficiente para sua execução, podendo ser indicado a utilização de enxertos[1,2 e 3].
As perspectivas de utilização do enxerto homógeno aumentaram após Urist (1965) ter observado formação de osso quando se realizava transplante de fragmentos ósseos sem células. Isto se deve ao fato de que substâncias originárias do tecido ósseo transplantado em forma de enxerto têm a capacidade de induzir células mesenquimais do hospedeiro a se transformarem em osteoblastos, esse processo foi denominado de osteoindução [4].
Essas substâncias são proteínas