transplante órgão
No mundo, o primeiro transplante renal no homem foi realizado em 1933 por Voronoy, um cirurgião ucraniano, para tratar uma insuficiência renal aguda causada por envenenamento com mercúrio. Barnard, em 1967, realizou o primeiro transplante cardíaco e Starzl, em 1963, o primeiro de fígado. No Brasil, o primeiro transplante de fígado foi realizado pela equipe do Dr. Marcel Machado, em 1968.
Os primeiros experimentos sobre transplante de pulmão foram relatados por Carrel, em 1907, mas o primeiro caso clínico foi descrito por Hardy e seus colaboradores, em 1963. Em 1966, Kelly e seus colaboradores fizeram um transplante de rim e pâncreas em um paciente portador de nefropatia diabética em fase terminal.
Apesar do avanço das técnicas cirúrgicas, tais cirurgiões se deparavam com problemas relacionados à rejeição. Em 1978, a introdução da ciclosporina – droga imunossupressora (antirrejeição) revolucionou os transplantes clínicos em todo o mundo. E na década de 1980, as retiradas de múltiplos órgãos foram padronizadas, surgiram novos medicamentos imunossupressores e foi desenvolvida uma solução de conservação de órgãos que aumentaram o sucesso dos transplantes no mundo.
Para a maioria dos pacientes com insuficiência renal, o transplante oferece a melhor oportunidade de sobrevida e de reabilitação, com menor custo social que a diálise. Para aqueles com doença cardíaca (cardiopatia), doença do fígado (hepatopatia) ou doença de pulmão (pneumopatia) em fase terminal, o transplante tem maior valor, por ser a única opção de tratamento, oferecendo a expectativa de uma nova vida. Por isso, as indicações para transplantes de órgãos sólidos estão se tornando cada vez mais liberais, sendo aceitos pacientes idosos ou com doenças sistêmicas associadas, o que leva a uma expansão no número de potenciais receptores.
Há estimativas de que, anualmente em todo o mundo, aproximadamente 500 mil pacientes desenvolvam insuficiência renal crônica; 300 mil,