Transmissão em corrente contínua
A transmissão de energia elétrica em corrente continua viável para a transmissão entre grandes distâncias, ela é feita de forma que a tensão CA é convertida em CC em subestações dotadas de retificadores que utilizam tiristores de alta tensão.
Esse tipo de transmissão oferece algumas vantagens como à possibilidade de sistemas interligados sendo possível o ajuste da freqüência e potência, evita fluxos indesejáveis, baixos níveis dos campos eletromagnéticos, pois não há variação de corrente.
Porém este tipo de transmissão oferece uma desvantagem, que ocorre justamente pelo fato dela ser ligada a uma linha de corrente alternada, pois ela pode sofrer variações de acordo com os distúrbios sofridos na linha CA conectada a ela.
Portanto é necessário se fazer o controle desse sistema de transmissão, para assim rapidamente restaurar as condições de operação da linha CC, para isso é feito um controle instantâneo e automático.
Para se apresentar como é feito o controle primeiramente é importante observar o sistema equivalente de uma rede de transmissão em corrente continua:
Figura 1 - Sistema equivalente de uma rede de transmissão em corrente continua.
α = Ângulo de disparo dos tiristores. µ = Ângulo de comutação.
Vr = Tensão eficaz de linha na entrada do retificador.
Vi = Tensão eficaz de linha na saída do inversor.
Vdr = Tensão média na saída de cada retificador.
Id = Corrente do elo CC.
Rcr =Resistência de comutação do retificador.
Rci =Resistência de comutação do inversor.
Rl =Resistência de linha.
Observando o circuito equivalente e a equação de corrente do elo CC, e partindo do princípio que as resistências são constantes, a corrente nessa linha CC poderá ser variada pela alteração da tensão de alimentação da corrente alternada, que ocorre a partir da mudança de taps de transformadores de elevação, ou então a corrente na linha pode variar devido a mudanças nos ângulos µ e α que são