Transição do feudalismo para capitalismo
1.1. Diálogo autor – leitor Meu caro leitor... Por que caro? Caro é você, livro. Este adjetivo vem do latim caru. Significa que custa um preço alto, elevado. Mas em relação a que? Posso alegar que cara foi a livraria que te cobrou, ou onde se cobra, um preço mais elevado do que as concorrentes... Por sua vez, a editora justificará que sua publicação exige grandes despesas; é dispendioso. Sei onde isso vai parar, no meu bolso. Meu autor diz que seus conhecimentos foram obtidos com grandes sacrifícios. No entanto, se alguém me lê, é caro, pois é tido em grande valor ou estima. Todo leitor é querido, amado. Por alto preço devo entender, então, em relação aos outros preços ou à minha renda? Tanto no que se refere ao preço relativo ou quanto ao seu poder aquisitivo real somente se for mais do que seria natural, face a seus custos de produção, ou razoável, de acordo com o mercado... Essa conversa de economista me confunde, às vezes. Preço natural, preço de mercado, preço relativo, valor nominal, valor real, tudo isso parece demasiado para mim. Até mesmo dialogar contigo, livro. Na verdade, só saberei se você vale o que me custou quando eu te ler. A cada página te avaliarei, para saber se valerá a pena virar para a próxima. Aí, então, constatarei se você é útil ou não. De fato, uma corrente de pensamento afirma que a atitude subjetiva do comprador em relação à mercadoria adquirida é o problema central em Economia. Em vez de estudar as relações sociais objetivas que surgem no processo de produção e de distribuição das mercadorias, acaba por atentar apenas à atitude subjetiva do homem para com as coisas que servem à satisfação de suas necessidades. Você está me sugerindo que eu, conhecendo Economia, não devo me conduzir