Transição do Feudalismo Para o Capitalismo
1 – O modo de produção feudal foi marcado pela submissão dos servos aos interesses do seu senhor. Diferente do escravo, o servo não podia ser vendido, ele estava ligado à terra, então, se a propriedade fosse passada para outro dono o servo continuava com a parcela de terra que lhe cabia ao uso. Esse sistema era baseado na exploração do servo pelo senhor feudal, pois os camponeses trabalhavam mais dias para o mesmo do que para eles, e em caso de alguma cheia ou algo que comprometesse a lavoura, a prioridade na colheita era concedida ao senhor feudal. Inevitavelmente o servo precisaria utilizar um moinho ou um forno da propriedade, então ele era obrigado a pagar pela sua utilização.
Na primeira fase do feudalismo prevaleceu a renda trabalho, em que o camponês pagava ao seu senhor com o próprio trabalho, com as lutas de camponeses esse sistema foi sendo substituído pela renda produto.
Outro fato a se destacar é o uso do sistema de três campos, em que a cada ano das três parcelas da terra, uma ficava em repouso, sendo utilizada como pasto. Esse processo renovava os nutrientes necessários ao plantio.
A TRANSIÇÃO DO FEUDALISMO AO CAPITALISMO
2 – A transição do feudalismo para o capitalismo ocorre de forma demorada e não foi um processo uniforme, mesmo com as revoltas camponesas contra o sistema feudal, algumas bem sucedidas, não implica no aparecimento simultâneo do modo de produção capitalista.
Os senhores feudais passam a expulsar os camponeses de seus domínios, esses camponeses vão para as cidades, tornarem-se proletários. Com a expulsão dos camponeses do campo, os nobres aumentam seus domínios. A propriedade parcelária e a propriedade individual dizem respeito ao antagonismo que havia, as diferenciações de classes. Uma classe possui mais terras e produzia aquilo que o mercado exigia, a outra classe, de camponeses, produzia o necessário para sua subsistência e possuía poucas terras. Ambas as classes possuíam interesses