Transito
“Os órgãos e entidades de trânsito pertencentes ao Sistema Nacional de Trânsito darão prioridade em suas ações à defesa da VIDA,...” (destacamos).
Paradoxalmente, podemos dizer que a “letra da lei é morta”. Ela só ganha “fôlego de vida” por meio de nós seres pensantes. São nossas ações, nossos jeitos e trejeitos, nossas fragilidades e nossas histórias que fazem com a lei “fale”. E é nesse momento que vemos o quanto nos falta para que ela seja, de fato, de um povo desenvolvido.
Pelos mais diversos móvitos, alguns deixam de cumprir as leis. E, desse modo, as consequências são desastrosas para todos.
No trânsito, então, as consequências são potencializadas. Isso porque cada motorista tem em suas mãos uma arma poderosíssima, de tecnologia ultramoderna, poder de destruição incalculável: o automóvel. Seja de 2 ou 34 rodas.
Somos o vice-campeão mundial em mortes por acidentes de motocicletas e o 10° em acidentes de trânsito.
Mas por que é assim? Esquecemo-nos de valorizar a vida? Acredito que três motivos saltam-nos aos olhos – entre tantos outros mostrados em abalizados estudos: falta de educação, legislação que penalize rigorosamente os “crimes” de trânsito e fiscalização permanente.
Nos países desenvolvidos, a educação busca a conscientização e a responsabilidade individuais dos cidadãos, a noção de cidadania e respeito ao outro, e a vida prevalece sobre a morte no trânsito (GOMES, L. FLavio, 2014).
Alguns motoristas brasileiros “pensam saber de tudo”, e cobram dos governantes ações rigorosas contra os “infratores”. Mas são estes mesmos que dirigem depois de beber. “Furam” sinal vermelho. Transitam pelo acostamento. Desrespeitam a faixa de pedestre e os limites de velocidade. Usam o celular enquanto dirigem etc. Quando agimos assim, demonstramos completa falta de educação. Menos ainda para o trânsito.
Precisamos, então, de EDUCAÇÃO em todos os sentidos, para mudarmos a triste realidade do trânsito brasileiro.
Eduque-se para o trânsito!