Transformação econômica e social no brasil dos anos 1990 e seu impacto no âmbito da família
O texto em questão traz discussões acerca dos problemas advindos da precarização do trabalho, bem como a redefinição do papel regulador do Estado nas estratégias de reprodução dos trabalhadores urbanos e suas famílias a partir dos anos 1990. Traz a tona o cenário social e suas antigas bases mostrando o acirramento da distinção social e seus impactos na organização social dos trabalhadores e suas famílias.
O que é de responsabilidade da ordem pública tornou-se de ordem privada e muitas vezes a família não esta estruturada o suficiente para suprir as necessidades de seus membros. A família tornou-se central no que tange a sobrevivência do indivíduo, ficando responsável pelas necessidades básicas, cumprindo o papel de definição do mercado de trabalho, visto que, na família os seus membros poderam vislumbrar a possibilidade de inserção no mesmo, tendo a família também a função de garantia moral, ética e material dentro do processo social e econômico. Então através do ingresso no mercado de trabalho, do desenvolvimento de pequenas atividades informais para obtenção de algum tipo de renda complementar e outras tantas estratégias como as diversas praticas de solidariedade, que os indivíduos tentam suprir uma rede de proteção social fragilizada. O estudo ainda argumenta que através da família encontra-se a chance de reconstruir os aspectos multifacetados da pobreza, tendo em vista que nela são variadas as formas de inserção no mercado de trabalho, os rendimentos auferidos, as condições de moradia, o acesso a bens, serviços políticos e sociais. Há que se chamar atenção, que a família tornou-se o elemento crucial e central da intervenção das políticas de assistência social.
Com relação à estruturação do mercado de trabalho no Brasil podem ser apontados dois períodos distintos. O primeiro situado de 1940 a 1980, que se caracterizou pela consolidação da indústria e pelas relações