Transformaçoes quimicas
Quando dois átomos se ligam por meio de ligações covalentes (por compartilhamento de pares de elétrons), eles adquirem maior estabilidade, o que significa que eles liberam energia para o meio ao fazer essa ligação, seja ela simples, dupla ou tripla. Desse modo, a formação de uma ligação química é um processo exotérmico, com a variação da entalpia sendo negativa (∆H < 0).
O contrário também é verdadeiro, ou seja, para romper uma ligação covalente é necessário fornecer energia aos átomos. A quebra de uma ligação envolve absorção de energia, porque os átomos voltarão para o estado isolado, que é mais instável. Esse é um processo endotérmico, com a variação da entalpia positiva (∆H > 0).
A energia liberada na formação da ligação covalente não pode ser medida na prática. Mas a energia absorvida na quebra da ligação sim. Essa energia absorvida é chamada de energia de ligação. Portanto, podemos defini-la do seguinte modo:
Por exemplo, na quebra da ligação simples de 1 mol de gás hidrogênio (entre dois átomos de hidrogênio) é absorvido 437 kJ:
H2(g) → 2 H(g) ∆H = +435 kJ
A energia de ligação também pode ser determinada para ligações duplas e triplas, como mostram os exemplos a seguir:
Rompimento de ligação dupla: O2(g) → 2 O(g) ∆H = +497,8 kJ
O ═ O(g) → 2 O(g) ∆H = +497,8 kJ
Rompimento de ligação tripla: N2(g) → 2 N(g) ∆H = +943,8 kJ
N≡N(g) → 2 N(g) ∆H = +943,8 kJ
É importante ressaltar que a energia de uma ligação dupla ou tripla não e múltiplo de uma ligação simples. Esses valores correspondem à energia necessária para romper 1 mol de ligações duplas e 1 mol de ligações triplas, respectivamente.
A seguir temos os valores medidos para algumas energias de ligação:
Quanto maior a energia de ligação, mais forte é a ligação entre os átomos.
Todos esses valores são dados com a reação no estado gasoso, porque assim toda a energia é usada para romper a ligação. Em outro caso, parte dessa energia poderia ser